segunda-feira, 16 de abril de 2012

Eu recomendo

Li recentemente  "O diário de Zlata", de Zlata Filipovic.  O livro é o diário de uma menina que vive em Sarajevo durante a guerra na ex-Iugoslávia. Boa indicação também para incentivar nossos adolescentes, pois podem  conhecer  como é a rotina de quem viveu numa guerra.
De semelhante temática, indico "Vozes Roubadas", organizado pela mesma autora, que reúne relatos diversos de crianças ou jovens que também passaram pela experiência de uma guerra. São textos que emocionam e nos dão nova perspectiva da realidade. Eu recomendo.

Elenir participando.....


O poder da leitura

A leitura são como pássaros que alçam voos para terras distantes. Leva-nos a lugares imaginários, num mundo cheio de encantamento e magias.
O livro é um passaporte, é um bilhete de partida para lugares desconhecidos. Ler não se baseia em devorar bibliografias, mas em ler continuamente, desfrutando o gosto e o prazer naquilo que está por trás das palavras.
Canto livre
Quando a gente solta uma palavra
Ela cria asa e voa
Quando a gente solta uma canção
Ela cria asa e voa.
E voa além dos sentidos
E voa além das vontades
E voa levando verdades
De todos nós.
Pois a palavra
É como cometa
Que passa riscando o céu
Do coração
Só uma diferença existe
Quando a gente os fita
É que o cometa
Passa ligeiro
Mas a palavra  fica.
                               Fernando Filizola
“Ai, palavras, ai, palavras,
que estranha potência a vossa!
Todo o sentido da vida
principia à vossa porta;
o mel do amor cristaliza
seu perfume em vossa rosa;
sois o sonho e sois a audácia,
calúnia, fúria, derrota...”
Cecília Meireles
 
“Muitos homens iniciaram uma nova era na sua vida a partir da leitura de um livro”. Henry Thoreau

sexta-feira, 13 de abril de 2012

Lembranças.......

Lembro bem da Dona Marieta, pequenina, doce, olhos miúdos , expressivos. Foi com ela que aprendi a ler e escrever.
Saudades daquela sala no porão de sua casa, onde crianças entre ela eu, espremidas naquele banco alinhado à mesa, rabiscava as primeiras palavras no caderno de brochura encapado com tanto esmero pela minha mãe.
Os anos foram passando, tive meus altos e baixos nos bancos da escola, porém nunca perdi o gosto pela leitura. Escrever....bem, não é o meu forte, mas posso afirmar que sempre consegui me expressar através da escrita, quando solicitada.
Lembro bem quando adolescente, meu pai discutindo com minha irmã formada em “Letras”, por florear demais a correspondência enviada aos seus clientes. Quando ela casou fiquei encarregada de redigir aos cartas para papai. Nervosa, passei para as mãos de meu pai o rascunho da minha primeira carta. Ele sentou, silenciosamente leu seu conteúdo, levantou e sorrindo disse: - Perfeito!
Nossa, fiquei muito feliz, pois papai era exigente e não poupava palavras para reprovar algo mau feito, daquele dia em diante só dizia o devia ser escrito e deixava o resto comigo, jamais trocou uma palavra do que eu escrevia, achava sempre tudo ótimo.
O tempo passou, hoje trabalho em escola, quando possível leio algo para as crianças, que adoram quando incorporo o personagem. É difícil despertar nos pequenos o gosto pela leitura, mas é muito bom quando os vejo viajando pelas palavras.......